16 dezembro 2013

Espólio.

Todo um ano, mais de 300 dias e eu estive:
Voltando pra casa impávido, exangue, extinto, seco, mudo e calado.

Querendo ser malabarista, tudo que consegui  foi ser equilibrista.
E no último minuto, querendo alguma ação, eu derrubo tudo.

Toda a vida, incontáveis ventos, manhãs. Sol e Lua.
E eu estive: amargo, fracassado, risível, ridículo.

Com água nos joelhos, sem direito a mergulho.
Afetos deslizando dos dedos, pingando no chão e como o sangue da medusa, criando seres alados e venenosos que adoçarão outras vidas que não a minha.

O que vem lá?
Todo um futuro e eu:
Não quero mais.