02 fevereiro 2009

Triste E Livre Amor


É uma declaração de amor que te faço, mas o amor é tímido.
Tímido porque anda na ponta dos pés para não ser percebido e assim, aniquilado.
Porque é assim que os (meus) amores acabam.
Mortos por ti.

Mas esse é passarinho, voa, é abelha, é coisa alada
Escapa mais porque sou sombra e meu mistério oculta esse sentimento-menino e suas travessuras.

Meu amor por ti me trouxe uma breve (e clandestina, citando Clarice) felicidade.
Breve porque os próprios sonhos são breves, se o doce se vai numa mordida, se a flor murcha em poucos dias, porque minha felicidade que anda na corda bamba não haveria de ser?
E clandestina porque eu não tenho direito a senti-la , uma vez que é ilusão, uma vez que não existe tal motivo.

Mas sou como aqueles que habitam em secreto os porões dos navios, venho de terras estranhas e desembarco em portos que não sei. Sou proibido.
E desse amor-que-não-tem-sentido-de-ser brotam sorrisos. Sorrisos leves, passageiros, mas sorrisos.

Ah, meu amor, a felicidade é um bem que possuo numa caixa que tu tens a chave.
Como posso te pedir "abre-a"?
Se bem sei que teus olhos têm outras cores, teu coração navega em outros mares?!

É pela esperança então.
É pela esperança.


Um comentário:

Anônimo disse...

Esperança sempre..........