01 abril 2012

As Pérolas



Queridos, nós, de olhos brilhantes
Uns sonhadores, outros duros
Uns românticos, outros trágicos
Todos nós, e cada um de nós, padecemos hoje.

Nós de talentos astrais e de fragilidades cristais
Quando estamos em desvantagem:
Uns furiosos, outros perplexos
Enfrentamos, ao nosso modo
Rosto ao vento, ou silenciosos na sombra

Nossos corações azuis, de sangue da cor do amor
Nossa anemia, nossa transfusão
É chorada ou celebrada, não importa
Mantemos o brilho mas suspiramos dizendo:
"... Mas... O Que É Essa Vida... Como...?"

Nossas frases nunca terminadas
Mas transbordam de sentido.

Queridos, nós, de dores secretas,
Uns apenas amam
Outros são amados somente
Nossa capacidade de fazer versos invulgares
De sorrir para o alto, gargalhando frente à nossa própria sepultura
De inocência ou de rancor
De abnegação jamais.

Queridos, não falarei por ninguém
Nós, eu e minha solidão
Fazendo versos, música, amigos
Fazendo um travesseiro onde possamos recostar a cabeça.

Respirar fundo é o suficiente.
Olhemos além, mesmo que nada vejamos por hora.
Em algum momento, saberemos.

Especialmente para Joyce C., Lise L., Isabel S., Rodrigo L., Plínio R., Toni B., Carla D., Cladine M., Bruno M., Luana R., Luis Arthur C., Ivy S., Mirelli F. e Josy L.


3 comentários:

Arthur Silva disse...

AMEI!!

Anônimo disse...

O que mais dizer? Olhar e seguir além, seguir, seguir... sentindo e sem fazer muitas perguntas.

Isabel Silvino disse...

Lindo texto Carlos.