O que ele mais sabia fazer na vida era sonhar.
Sonhava de dia, iluminado pelo sol e sentindo calor.
Sonhava de noite, no escuro e olhando o céu sem estrelas.
Sonhava no inverno, no verão, em todas as estações.
Até nos anos bissextos sonhava.
E um sonho só, ele sonhava.
Todos os outros desejos não importavam, eram vontades apenas
Mas sonho era um só.
O mesmo, sempre.
Exatamente o único que não se realizava.
E lutava, corria atrás, como diziam nos filmes.
Cuidava dos jardins, regava o sentimento.
Buscava a excelência.
Se fazia merecedor.
E nada ainda.
O Sonhador se angustiou.
O tempo estava passando, as noites, os invernos.
E nada.
O Sonhador sentiu que sonhar era bom quando o sonho se realizava
Dentro de um certo tempo.
Mas quando se passavam anos, décadas... virava pesadelo.
E como esquecer o sonho?
Como desistir?
Ele não sabia, pois sonhar foi tudo que fez a vida toda
O Sonhador quis morrer, levar consigo o sonho.
Mas pra onde? O perseguiria.
Ele nunca deixava de receber golpes, o Sonhador
Todo dia, todo agosto, todo Natal.
Todo pôr-do-sol o Sonhador sofria.
Vendo seu sonho se realizar em outros, a todo momento.
Seu sonho era possível apenas a estranhos, nunca a ele.
E ele sabia que os outros não sonhavam.
Eram vontade, desejos, realizados.
O Sonhador achou a vida cruel, o sonho cruel.
Se sentiu cruel por sonhar.
Mas estava lá ainda, o sonho, implacável
E imutável, pois vinha do coração.
O Sonhador sonhou até o último dia de sua vida.
Passaram-se mais anos, mais décadas, tantos verões.
O Sonhador se curvou e perdeu o brilho dos olhos.
Ficou velho, doente, fraco, amargo, mau e feio.
Definhou.
E morreu o Sonhador, com desejos e vontades realizados.
Mas O Sonho, jamais.
Sonhava de dia, iluminado pelo sol e sentindo calor.
Sonhava de noite, no escuro e olhando o céu sem estrelas.
Sonhava no inverno, no verão, em todas as estações.
Até nos anos bissextos sonhava.
E um sonho só, ele sonhava.
Todos os outros desejos não importavam, eram vontades apenas
Mas sonho era um só.
O mesmo, sempre.
Exatamente o único que não se realizava.
E lutava, corria atrás, como diziam nos filmes.
Cuidava dos jardins, regava o sentimento.
Buscava a excelência.
Se fazia merecedor.
E nada ainda.
O Sonhador se angustiou.
O tempo estava passando, as noites, os invernos.
E nada.
O Sonhador sentiu que sonhar era bom quando o sonho se realizava
Dentro de um certo tempo.
Mas quando se passavam anos, décadas... virava pesadelo.
E como esquecer o sonho?
Como desistir?
Ele não sabia, pois sonhar foi tudo que fez a vida toda
O Sonhador quis morrer, levar consigo o sonho.
Mas pra onde? O perseguiria.
Ele nunca deixava de receber golpes, o Sonhador
Todo dia, todo agosto, todo Natal.
Todo pôr-do-sol o Sonhador sofria.
Vendo seu sonho se realizar em outros, a todo momento.
Seu sonho era possível apenas a estranhos, nunca a ele.
E ele sabia que os outros não sonhavam.
Eram vontade, desejos, realizados.
O Sonhador achou a vida cruel, o sonho cruel.
Se sentiu cruel por sonhar.
Mas estava lá ainda, o sonho, implacável
E imutável, pois vinha do coração.
O Sonhador sonhou até o último dia de sua vida.
Passaram-se mais anos, mais décadas, tantos verões.
O Sonhador se curvou e perdeu o brilho dos olhos.
Ficou velho, doente, fraco, amargo, mau e feio.
Definhou.
E morreu o Sonhador, com desejos e vontades realizados.
Mas O Sonho, jamais.
3 comentários:
Crlosss é um talento!Que texto é esse amigo?!!Perfeito e belíssimo...
Um beijoooo
Ah... eu aqui de novo.
Meu amigo...
O Sonho não morre não...
E parece que estamos sempre como este Sonhador, todo agosto, todo Natal...
Eu já disse, sempre me acho nos teus textos.
Mas não desisto, ainda creio.
Senão, como a gente vive?
E apesar de tudo, ainda sorrio.
Abraço grande.
tah massa o texto, gostei
bota no jornal do leitor, do o povo
;)
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