19 julho 2012
Esperança de Vingança
Um leão doente
Tiraram a carne de perto e não tenho forças para reagir
Eu poderia derrubar o mundo com meu grito
Mas souberam como atingir minha voz.
Tiraram a vasilha com comida
Que passava entre as grades todo dia
E eu com mãos cegas recolhia até meu catre
Onde sacro e reverente eu devorava tudo
Tiraram minha ducha diária
Ao sol, no rio, meus pés nas pedras
Agora nada de água
Tudo muito seco, para eu quebrar mais rápido
Tirei de mim mesmo portanto
As dolorosas lembranças
Sem substituições, apenas amnésia
Como a pessoa sem passado que acorda de um coma
Ai, agonia maldita
Bato o pé no chão de revolta
Mais uma parte que se quebra
O Grande Dia quando será?
Poderei cuspir pra cima
E nas mãos que me retiram as coisas.
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