04 abril 2011

Interruptor.


Funciono num circuito:
Sinto, aí escuto uma música, bebo água, paro, me encolho um pouco, e escrevo.

É químico, mecânico, elétrico, esse ato de escrever-dormir-viver amanhã.

Hoje você foi só alguém no meio do jardim
A multidão engolindo teu rosto pálido e brilhante

O que quero mesmo é a liberdade de antes
Pássaro que vive sem dono, sem deus.

Não chorar no ombro de ninguém, mas por isso mesmo, não chorar.
Dormir a vida inteira e acordar pra morrer, feliz.

Se é pra ser azul, que seja um tom tão escuro quanto o começo da noite.
Conforto.
Saber da noite, saber da morte.
Ignorar quem seja o amor, ou seus predicados.
E sem saber da vida, viver.

Te peço, amigo, que apagues a luz dos meus olhos, os ladrões pensarão que a casa está vazia e virão.

6 comentários:

Arthur Silva disse...

Quem dera fosse tão fácil assim. Mas, aí vc perdera a diversão e todo o resto ;-)

Unknown disse...

Parabéns por mais esse texto Carlos, demoro a ler seu Blog, mas cada leitura é sempre um presente de boas vindas, obrigado.

Suzana Paz disse...

Hum, que tom melancólico!!!

BrunoMariano disse...

vrá vrá vrá!

Lia Freitas disse...

vrá vrá vrá [2]

Evelyne Freitas disse...

Excelente post
"... Hoje você foi só alguém no meio do jardim ..."
E aí de repente a gente descobre que não percebeu, era única flor que interessava.

Eu volto aqui.