03 agosto 2010

Mais um Adeus de Até Logo.

Quando a dor é muita
As palavras somem, covardes.

Aqui são algumas que catei nos cantos e quinas
E atrás dos móveis.

É preciso ter dentro da gente um mundo
Com pessoas, lugares, Deus.
Porque no mundo de aqui fora, se torna impossível viver às vezes
As pessoas de fora tornam-se estranhas completas
Frutos da total falta de preocupação e amor.

Ou estaria eu com Alzheimer?

Porque não reconheço nenhum dos rostos como amigáveis.
E tenho lembrança de pessoas que me conhecem, mas que acabaram de pegar um avião
Ou outra que está calada há anos.

Não posso recorrer a elas.
Então há o outro mundo.
Mas lá é tão solitário quanto
Sou só eu ou todo ser humano?
Os filósofos já falaram tanto disso, mas não li o suficiente.

O motivo da dor é quando morrem as pessoas
Ou o amor por elas, ou o carinho por elas
Ou os sonhos com elas.
E o pior mesmo, é quando morrem as pessoas e ficam os sentimentos.

O velho amor não correspondido.
Minha eterna sina.

"As coisas deveriam morrer, antes de ficar por aí, perambulando mortas."

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