Suas mãos tateiam em busca de algo
É claro porém, ainda
Os olhos só veem luzes distantes, no pensamento
É claro porém, ainda
Os olhos só veem luzes distantes, no pensamento
Seus pés mal se movem, mas jamais tropeçam
Você tem toda a decisão tomada
Todos os seus antepassados lhe empurram ladeira abaixo
Você finalmente vê
O mar, o mar
Vai para ele, não é Alfonsina, menos ainda poeta
Mas sabe as dores
Você não ama, e ninguém ama você
Você correu, você cansou
Você perdeu, areia aos seus pés
O mar, o mar
As suas lágrimas tem mais sal que as águas marinhas
Você mergulha enfim
O sol se põe depois.