27 junho 2010

Solitária Mente



Frequentemente
Escolho os versos
Repasso as memórias
Desfaço os laços
Afasto o prato

Dolorosamente
Relembro a partida
Revejo a chegada
Escrevo o vazio

Preciosamente
Seguro o choro
Solto o riso
Fecho os olhos
Disfarço o grito

Silenciosamente
Entendo o sonho
Reviro do avesso
Releio a poesia
Escuto o adeus

Ultimamente
Pego no tranco
Piso as calçadas
Canto os sambas
Durmo as óperas
Visto o véu
Abro a porta
Descubro horizontes
Esqueço um rosto
Suspiro por uma voz
Guardo o segredo
Amo o que nunca será.

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